quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A primeira impressão... é a que não fica

Você já ouviu falar em flexoeletricidade? Ou em efeito flexoelétrico? Físicos e engenheiros talvez digam sim e até deem explicações muito melhores do que as minhas, mas o fato é que fui apresentado ao termo estes dias e isso me ocasionou um misto de surpresa e decepção.

Surpresa por passar a conhecer esse efeito, cuja descrição me pareceu das mais interessantes: ao se flexionar um cristal, suas camadas atômicas são esticadas cada qual em uma intensidade diferente, criando um “gradiente de tensão” que pode movimentar íons no cristal, de modo a gerar um campo elétrico. (Espero ter sido claro.)

E decepção porque o título da matéria, que encontrei quase por acaso – navegando mesmo – num site mantido por uma empresa privada, promete muito mais do que devia: “Flexoeletricidade: cristal sintético é produzido para gerar energia”. Fiquei empolgado quando vi o título, quase gritei “Os cristais nos livrarão das sujas termelétricas e das devastadoras usinas nos rios!”... Enfim, que gera energia gera, mas a impressão que fica é outra.

Quem sabe um dia, talvez em 2317, nossas TVs, computadores e geladeiras sejam movidos por cristais – ou até que aprendam a redigir títulos mais apropriados, o que deve ocorrer só no quinto milênio.

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