Bin Laden está morto, e os norte-americanos comemoram. Obama, por sua vez, diz que o mundo está mais seguro. Será mesmo? A segurança de mais de seis bilhões de pessoas dependendo da vida ou da morte de apenas um indivíduo, ou melhor, um elemento, como se diria na linguagem policial?
Não quero entrar no mérito do preciso valor da morte do terrorista, se era ou não necessária, ou se o sentimento que prevalece entre os estadunidenses é de justiça ou de vingança. Mas uma coisa é certa: nossa segurança em nada mudou. Nós brasileiros sabemos muito bem, com a vasta experiência que temos, por exemplo, com os traficantes dos morros cariocas: tão logo se prende ou se mata um líder, não tarda a surgir um outro, talvez muito pior.
A Al Qaeda – ou o conjunto de grandes grupos terroristas – não é um formigueiro, em que, na maioria das vezes, basta morrer a rainha para que entre em declínio e venha a desaparecer. Afinal, também sabemos muito bem que o ser humano é mestre em não seguir as leis ou modelos da natureza.
PS - Disse que Bin Laden está morto, e é o que se tem dito. Mas ainda sinto falta de provas mais consistentes (e desconfio dessa história de que o corpo foi lançado ao mar). Desta vez, decidi encarnar São Tomé tanto quanto me for possível...
Nenhum comentário:
Postar um comentário