segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A ciência é bonita e profundamente estética

não é a primeira vez que ressalto a importância das imagens na divulgação da ciência. Muitos podem dizer que elas em si não trazem informações precisas – o que, também em si, é questionável –, como em tese devem ser as informações científicas, mas cumprem aquele que talvez seja o mais relevante papel ao se falar de algo relacionado à ciência: o de sensibilizar, desarmando os espíritos e aguçando a sede de conhecimentos.

Por isso quero destacar duas séries de fotografias que pude apreciar, na internet, nos últimos dias. A primeira, do dinamarquês Morten Koldby, revela a “personalidade” de animais selvagens. Ainda que alguns duvidem de que os bichos têm personalidadeeu não tenho mais dúvidas, ao menos sobre a da calopsita que tenho em casa –, não se pode negar o olhar expressivo dos retratados, ora denotando força, ora se mostrando comoventes.

A outra série de fotos é do australiano Lincoln Harrison, que expôs a lente de sua câmera ao longo de até 15 horas para capturar o rastro que as estrelas deixam no céu durante a rotação da Terra. São imagens impressionantespara não dizer impressionistas, como me disse um amigo, dada a semelhança com traços de pintores como Monet e Van Gogh.

Enfim, como enunciou José Reis, grande mestre da divulgação científica, “a ciência é bonita e profundamente estética; portanto, devemos exibi-la à sociedade”. Koldby e Harrison entenderam o recado – mesmo que não saibam quem o deu.

As fotografias podem ser contempladas ao se clicar nos vínculos abaixo:
Fotos revelam ‘personalidade’ de animais selvagens”;
Fotógrafo australiano registra o rastro das estrelas no céu”.

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