terça-feira, 29 de novembro de 2011

Triste fim

Tempos atrás, talvez já há alguns anos, causou-me arrepios saber que correntes de ferro presas, em cada uma de suas pontas, a tratores são usadas para desmatar grandes áreas de floresta, em uma só tacada, não se fazendo qualquer distinção entre as árvores derrubadas e sem nenhuma consideração aos animais habitantes dessas matas.

Soube dias atrás, ao ler a matéria “Morte de animais em SC preocupa cientistas”, em O Estado de S. Paulo, que um método similar tem sido usado, porém em bioma totalmente diferente, ainda que de tão imensa extensão: o mar. Trata-se da pesca de emalhe, “processo em que a rede é lançada com pesos em uma extremidade e flutuadores na outra”, conforme o texto de Evandro Fadel.

O resultado: 26 tartarugas-verdes, 12 botos, dois golfinhos-cinza, duas baleias e uma toninha cujas vidas foram ceifadas – ainda que não se tenha certeza absoluta de que todos esses animais morreram por conta da pesca de emalhe, as suspeitas são fortes e o número de mortes na região é muito acima do normal.

Fico me perguntando qual será o próximo método cheio de crueldade de que saberemos nas páginas, digamos, ecopoliciais – pois são crimes dos mais hediondos – de nossos jornais e sítios da internet. Os vilões da ficção perdem, e de longe!

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