Entendo muito pouco de economia, mas há momentos em que não podemos deixar de dar nossos pitacos.
No bairro onde moro, os dois mercados de grande ou médio porte mais próximos são um Pão de Açúcar e um Carrefour. Num (não direi qual), os preços são razoáveis; no outro, os produtos em geral são mais caros, mas de qualidade não raras vezes melhor que no concorrente.
Quando há necessidade de se fazer compras grandes, daquelas pra sustentar a família por uma semana inteira ou mais, normalmente usamos um supermercado de uma terceira rede. Mas fica em outro bairro, o que às vezes nos desanima a ir. Então compramos um pouco no Carrefour, outro pouco no Pão de Açúcar, outro tantinho num minimercado também aqui perto, e por assim vai.
Fico me perguntando o que acontecerá se houver a fusão entre a rede de Abílio Diniz e a parte brasileira da multinacional de origem francesa. Os preços não irão ficar mais baixos, por certo... e teremos, enfim, uma opção a menos – e, para certos produtos, praticamente uma única opção nas redondezas.
Não sou daqueles que veementemente bradam contra as mazelas do capitalismo – que existem, é fato. Mas há coisas que, ainda que estejam na esfera do privado, trazem enormes consequências para o grande público, para o bem ou para o mal. Em casos como esse, ainda que tenhamos órgãos como o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), penso que as decisões deveriam envolver mais a participação da população. Não sei exatamente de que forma, mas fica aí a sugestão (e a oportunidade de receber sugestões complementares).
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