terça-feira, 11 de outubro de 2011

Mudando o curso da história

Quando fiz meu TCC na faculdade de jornalismo, que anos mais tarde (2004) resultou no livro Áreas verdes em São Paulo: retratos, cenários e paisagens, soube que o curso dos rios Tietê e Pinheiros foram modificados – ou, como se diz, retificados, embora discorde desse termo, pois nem tudo que é reto é correto – por uma série de motivos, estéticos, econômicos e inclusive a fim de evitar enchentes, o que evidentemente não surtiu efeito.

Com o recente problema envolvendo o shopping Center Norte, na zona norte da capital paulista, em cujo subsolo foi constatada a presença excessiva de gás metano, havendo risco de explosões, a retificação do Tietê foi resgatada em boa matéria do jornal O Estado de S. Paulo, anteontem (domingo), à página C10, caderno Cidades/Metrópole. Enfim, a mudança do curso do rio tem estreita ligação com a criação do lixão que, desativado e aterrado, é causa dos gases detectados sob o shopping.

Só discordo da contundência do título da matéria, afirmando que a ocupação das margens do rio causou a contaminação. No fundo, talvez mais que as modificações ao longo do Tietê, a principal causa seja a instalação de um grande empreendimento em terreno desse tipo. Não conheciam o passado do local? Ou não tinham noção das consequências de estar sobre um antigo lixão?

Os leitores curiosos por ler a matéria do Estadão, de autoria de Diego Zanchetta, podem clicar na imagem abaixo.

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