Já me disseram que escrevo muito, neste blog, sobre ciência, mas praticamente nada sobre transdisciplinaridade. Numa certa perspectiva, não lhes tiro a razão – e basta fazer um levantamento nas postagens para se chegar a essa constatação.
De qualquer modo, sempre que posso, e isso talvez se dê com certa frequência, procuro tratar a ciência, ou o fato relativo ao mundo científico, com uma visão transdisciplinar, ainda que não use este adjetivo ou o substantivo correspondente. E para isso também basta fazer uma pesquisa no blog e verificar em que medida venho tratando a ciência pela ciência ou, ao contrário, relacionando-a a outros campos da vida, como a sociedade, a educação, a arte ou a religião.
Para que entendam melhor como penso a transdisciplinaridade, recomendo a leitura do artigo “Transdisciplinaridade: ruptura de paradigmas?”, publicado na edição nº 3 da revista eletrônica Leitura e Escritura, da qual sou editor. Nele, não apenas discorro sobre o assunto, dialogando com as ideias de tradição e método científico, como igualmente questiono a maneira como o conceito de transdisciplinaridade, em princípio tão ousado e inovador, vem sendo em geral apresentado, sem que se proponham significativas modificações nos paradigmas vigentes ou a instauração de um autêntico novo paradigma.
Embora hoje eu talvez viesse a alterar um ou outro trecho, ou até adotar uma linha diferente de raciocínio, o texto, que foi originalmente publicado na revista eletrônica Espiral, do Núcleo José Reis de Divulgação Científica, e depois num livro desse mesmo centro de pesquisas, já me propiciou o prazer de receber feedbacks positivos (foi inclusive reproduzido num grupo de discussão sobre Paramahansa Yogananda, citado no artigo), indicando que vale a pena prosseguir tratando desse instigante tema.
Fico no aguardo de comentários e colaborações, incluindo críticas que venham a ser construtivas.
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