Tenho predileção pelo bruxo do Cosme Velho (Machado de Assis), e também uma leve preferência pela prosa em relação à poesia – ainda que já tenha feito algumas e aprecie a escrita em versos –, mas faço aqui uma breve homenagem a outro mestre da literatura, poeta por excelência, nascido há 109 anos, em Itabira, Minas Gerais, neste dia em que se celebram as bruxas: Carlos Drummond de Andrade.
Sua escrita, cheia de suavidade e simplicidade, nos tirou muitas pedras do caminho, mostrando que não é preciso seguir fórmulas, usar de palavras pouco conhecidas ou ter uma métrica perfeita para se fazer excelente poesia. Não rejeito, como muitos fazem, os luminares parnasianos ou simbolistas, adeptos dessas práticas, mas não há de se negar a importância de Drummond na tarefa de arejar nossa literatura, dando-lhe um novo ânimo e novos rumos a seguir.
Por essas e outras, temos de reconhecer que o poeta mineiro (ou meio mineiro, meio carioca), tal qual Machado, também fazia suas bruxarias com as palavras. Para ele, nem a festa acabou, nem a luz muito menos se apagou.
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